Ficha técnica:
Autor: Spohr, Eduardo
Editora: Verus
Categoria: Literatura Nacional / Romance
Valor médio: 32,00 (versão comum) 47,00 (edição limitada)
Sinopse:
Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o juízo final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedom, o embate final entre Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo. Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heroicas, magia, romance e suspense.
Resenha:
Eu não minto quando afirmo que A
Batalha do Apocalipse é um dos melhores livros brasileiros que já tive o prazer
de ler! Eduardo Spohr só cometeu o erro de publicar em volume único, ao invés
de dividir o livro em três e dar uma enrolada para lucrar mais, igual muita
publicação gringa que eu estou vendo por aí. Porque o autor merece tudo que paguei no livro, comprei na época de lançamento com aquela incerteza
quanto ao título meio religioso. Sabe como é... Difícil aconselhar pessoas teístas
a ler um livro de temática religiosa crítica, como por exemplo, O Código
DaVinci ou O Pacto. Por mais que pela sua religião o autor queimará pela
eternidade ou esteja escrito um grande “ficção” na descrição, ainda há pessoas
que se dão ao trabalho de tentar discutir com você. Livros só condenavam na
Idade Média.
Mas para a minha bela surpresa e
grande alívio o autor explora e delineia uma versão do cristianismo que seria
uma linha interessante de se pensar, até adequada aos dias de hoje. O anjo Ablon durante as diferentes épocas em
que existiu passa pelas mais incríveis histórias, então o autor pode trabalhar
com todos os melhores ambientes para se usar, para mim é um livro que é
interessante pelo decorrer da leitura mais do que do final. Ane, o final é ruim
então? Não, mas o meio é bem melhor com certeza. As descrições são apropriadas,
cenários fantásticos, e como as temáticas são bem abordadas... Alguns anjos poderiam ser corruptos, não? São
coisas que são da ficção, mas que se mantém um limite seguro e inteligente da
realidade. Fora o estilo da narrativa que para mim foi o grande ponto forte desse livro: o presente é intercalado por flashbacks da história de Ablon, que são no mínimo incríveis!!!!!
Não contém
spoilers!
São três coisas que me desapontam nessa história: 1 – O fato
do arcanjo Lúcifer ser descrito com asas de morcego. Sério, foi... Brochante. Até
porque se ele cai do Céu na Terra, ter suas asas queimadas seria muito mais
apropriado.
2 – Eu queria que alguém me explicasse como foi que Ablon e
Shamira se apaixonaram... Porque eu não entendi. Eles tinham o mesmo estilo de
vida e eram parecidos e essa ladainha toda? Oras, mas Flor-do-Leste também era,
não vi Ablon cair de amores por ela. Aliás, o fato de Shamira ser necromante é
só a grande desculpa pra ela viver bastante milênios junto com ele, não vejo ninguém
questionar esse ponto...
3 – Lembra do limite seguro que comentei acima, ao final o
autor quebra esse limite para que a narrativa termine, porque afinal não faria
sentido nomear de “A Batalha do Apocalipse” um livro que não contém essa parte.
Doses cavalares de ficção fantástica no final, que não tiram o brilho dessa obra
maravilhosa.
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